“SER CADETE”, UM TEXTO POR CADETE ALEX – APMGD
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“SER CADETE”, UM TEXTO POR CADETE ALEX

Historicamente, desde o período dos czares, príncipes e reinados “cadete” era a designação tradicional dos filhos homens mais jovens da “Nobreza”. Assim, um cadete de uma família é o que não descende do primogênito. Enquanto que os primeiros filhos herdavam quase a totalidade dos títulos e dos bens de uma família, tradicionalmente, os herdeiros cadetes seguiam o “Sacerdócio” ou a carreira militar, pois detinham poucos ou nenhum bem. Provavelmente por essa razão, em alguns países, começaram a designar-se “cadetes” os jovens nobres que estudavam numa escola militar ou tirocinavam como soldados num “Regimento”, antes de serem admitidos como “Oficial”. Dessa forma, digo aos senhores, que ser Cadete, não é apenas mais uma patente militar, confunde-se a um título de nobreza, a uma condição e status que remontam a uma tradição histórica e secular.

Diante disso, a Academia de Polícia Militar singulariza o dia quatro do mês de agosto do ano de 2017, um dia comum, uma data que para muitos não será lembrada, pois em nada marcará suas vidas. No entanto, para os que aqui conseguirão estar, é sinônimo de dever cumprido por mais uma meta alcançada. Para os Cadetes que agora podem ser chamados de primeiro anistas, assinala a entrega das luvas, as primeiras por assim dizer, que vem carregada de responsabilidades e compromissos, pois ascendem hierarquicamente superiores a mais de oitenta por cento da corporação, dessa forma, devem porta-se como tal, sendo exemplo para os seus subordinados e motivo de orgulho para os seus superiores.

Orgulho, palavra que expressa o sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra e que traduz a emoção sentida pelos recém segundo anistas, que após um longo ano de provações, dificuldades e incertezas, sobem o primeiro degrau, e com ele assumem um novo compromisso de não apenas serem orientados, mas passam ao papel de orientadores e colaboradores do terceiro ano. Sim senhores, terceiro anistas, está chegando a vossa vez, em breve serão a turma mais antiga da academia e com certeza os senhores não irão repetir os mesmos erros, não iram copiar o que achavam errado ou equivocado, farão e serão melhores, mais polidos e inteligentes, afinal, possuirão mais experiência e bagagem acadêmica, pois o maior orgulho de um mestre é ver seu discípulo superá-lo em qualidade e humildade, e quando ele está pronto seu instrutor desaparece. Esse corriqueiro adágio, aplica-se aos quarto anistas, pois ao passar do tempo através de conselhos e repreensões e sobretudo, ao lado dos Oficiais, orientaram as turmas mais modernas do que é justo e correto, do regulamentar e do discricionário, do legal e do ilegal e. Com isso, aproxima-se, esta turma, de forma honrosa, do fim de uma longa jornada acadêmica e o início de suas vidas profissionais.

Portanto, observem que aos Cadetes ainda no período medieval, já era concedida  autoridade e poder de mando, o mesmo acontece na atualidade, os senhores através de seus esforços e merecimentos e não por parentesco ou linhagem sanguínea portam uma farda que se confundirá as suas peles e adentrará as suas almas, por isso utilizem essas ferramentas por suor adquiridas, para o bem da sociedade, pois os senhores representam uma instituição séria e comprometida com os bons valores sociais, mas antes de tudo são o reflexo de seus familiares e amigos que esperam de cada um de nós as melhores e as mais corretas atitudes.

Autor: Cad. PM Alex

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